Câncer e malária norteiam pesquisas de grupo de química orgânica de São Carlos - SP

Membros do grupo mergulharam no litoral paulista e baiano e coletaram amostras de invertebrados como esponjas, ascídias, octocorais e briozoários, conforme conta o professor Roberto Berlinck, coordenador do GQOPN. Gradualmente, as amostras estão sendo submetidas a testes em outras instituições acadêmicas, com o intuito de identificar substâncias com potencial farmacológico. E quando elas são enviadas de volta aos laboratórios do IQSC, o GQOPN busca isolar as substâncias com atividades farmacológicas, para compreender por que algumas são ativas e outras não.
Até o momento, o estudo mais promissor realizado pelo grupo aconteceu em parceria com a Universidade da Columbia Britânica (UBC) no Canadá, entre 1997 e 1998. Foram isoladas substâncias da ascídia Didemnum granulatum, coletada no litoral paulista. Estas substâncias provavelmente se associam à filtração de raios ultravioletas, como um mecanismo de proteção da ascídia, cujo habitat são superfícies aquáticas expostas à luz.
Em testes laboratoriais, duas substâncias específicas, a granulatimida e a isogranulatimida, apresentaram alto potencial de inibição do desenvolvimento de células cancerígenas, de maneira bastante seletiva, sem efeitos tóxicos aparentes. Aprovada em 2001, a patente dos estudos foi licenciada a uma indústria farmacêutica canadense, após concordância da USP e UBC. Atualmente, as substâncias seguem em fase de testes em laboratório.
Fonte: Portal da USP
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